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Ações locatícias aumentam 15,1% em março

A cidade de São Paulo registrou em março crescimento no volume de ações judiciais relativas a contratos de locação. Foram 2.071 ocorrências, ante as 1.799 de fevereiro, um incremento de 15,12%, conforme levantamento efetuado pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

“Esse aumento pode ser creditado exclusivamente ao represamento de casos, devido às férias e ao Carnaval”, afirma Jaques Bushatsky, diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi-SP. “As pessoas parecem ter postergado a decisão de ajuizar a ação, normalmente de cobrança, na esperança de que, iniciado o ano de verdade, ocorresse o pagamento”, completa. Apesar do avanço verificado em relação a fevereiro, o total de ações em março foi inferior ao ajuizado no mesmo mês de 2009, quando foram contabilizados 2.449 casos.

De acordo com o Fórum paulistano, a falta de pagamento do aluguel se mantém como principal motivo das ações locatícias. Em março, foram 1.699 ocorrências, o equivalente a 82,04% do total de ações. As ações ordinárias ocuparam a segunda colocação, com 237 casos (11,44% do global). As renovatórias, com 99 ações, e as consignatórias, com apenas 36 processos, participaram com 4,78% e 1,74%, respectivamente.

Com relação ao volume acumulado no ano, o primeiro trimestre manteve a tendência de redução das ações ao longo do tempo. A soma de casos de janeiro e março totalizou 5.101 ações, contra as 5.963 dos três primeiros meses de 2009, uma redução de 14,46% na comparação dos dois períodos. “Provavelmente, essa redução é conseqüência do entendimento, por todos, de que o acordo sempre vale à pena. Isso tem se disseminado não apenas nas questões locatícias, o que tem motivado, inclusive, o aperfeiçoamento das áreas responsáveis por acordos dentro das imobiliárias”, finaliza Bushatsky.