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Sexta-feira, 6 de junho de 2008

Brasil é o melhor entre emergentes, diz Fitch

Uma semana após dar grau de investimento ao Brasil, a Fitch divulgou relatório que o coloca com as melhores perspectivas para o mercado imobiliário numa análise entre outros países emergentes pesos-pesados. Ao comparar Brasil, China e Rússia, a classificadora de risco encontra nos brasileiros condições favoráveis na regulação atual, no interesse dos bancos pelo setor bem como nos recursos compulsórios aplicados neste mercado e na queda das taxas de juros. A pressão inflacionária e - ou - a alta dos juros, ainda não ameaçam, de acordo com a Fitch, o aquecimento da demanda por imóveis. Mas pode ser motivo suficiente para abreviar a expansão do setor no futuro.

Para o diretor da Fitch, Roberto Romero, há espaço para o crédito imobiliário no País alcançar cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), percentual que hoje não passa de 3%. O especialista afasta qualquer possibilidade de "bolha", ou de um "subprime" no Brasil, porque considera que o processo ainda é tímido aqui. "Não há bolha, ainda temos muito para avançar. O que temos é uma retomada", afirmou o executivo à Gazeta Mercantil.

Romero lembrou que na década de 80 havia por ano financiamento para 600 mil casas ou unidades residenciais. Atualmente, há 500 mil unidades financiadas. Considerando que a população passou de 120 milhões de habitantes para 200 milhões, há um déficit em relação ao passado.

A falta de moradias na Rússia é bem menor do que no Brasil, mais pela privatização de ativos, que eram estatais, do que pela oferta de imóveis novos. Há pouco interesse dos bancos, segundo a Fitch.

Tanto na China como no Brasil, o crescimento econômico e do mercado imobiliário devem levar a uma rápida consolidação do setor. Segundo o relatório da agência, o processo de fusões e aquisições de incorporadores e construtores deve levar de um a dois anos apenas. Romero pondera que esse processo já começou aqui e deve levar mais tempo. "As empresas estão capitalizadas e a necessidade de parcerias e compras deve começar quando os recursos começarem a se esgotar", disse. O especialista lembrou que cerca de 20 empresas foram ao mercado para se capitalizar ou se uniram a outros investidores para fazer frente à retomada da procura por imóveis.

Outro fator que coloca o Brasil em vantagem em relação ao resto do mundo, segundo a Fitch, é a capacidade de adaptação das empresas aos diferentes nichos de mercado. "O segmento de média e baixa renda tende a ser o grande comprador, e as empresas já estão criando estrutura para tratar desse público". A Caixa Econômica Federal (CEF) é citada no relatório da Fitch como uma das motivadoras do segmento imobiliário no Brasil.

Fonte: Gazeta Mercantil

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