Uma comissão designada pelo Conselho Federal dos Corretores de Imóveis chegou em Campo Grande no dia 28 de outubro para levantar as condições de trabalho oferecidas aos corretores de imóveis que trabalham em lançamentos de empreendimentos e também os honorários pagos a estes profissionais. A intenção é colher subsídios em todo o País para baixar uma norma que discipline a remuneração dos profissionais.
Os Sindicatos dos Corretores de Imóveis têm suas tabelas com valores mínimos, que muitas vezes são aviltados pelas grandes incorporadoras, ressalta o presidente do CRECI do Amazonas e Roraima, Paschoal Guilherme Rodrigues, que também é Conselheiro Federal. Ele veio a Mato Grosso do Sul, acompanhado do Conselheiro Federal do Acre, Aires Ribeiro de Matos, do presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais, Paulo César Dias de Souza e o diretor da entidade, Marco Túlio João Silva, para observar as condições do mercado local, assim como está sendo feito nos demais estados brasileiros.
“Queremos verificar quanto estas empresas estão pagando para as imobiliárias e quanto estas estão repassando aos corretores de imóveis, que precisam estar recebendo a contento. Sabemos que há muitas injustiça e ganância e que há profissionais recebendo valores muito baixos. A Comissão vai colher dados para que o COFECI elabore uma resolução para disciplinar os honorários”, explicou Paschoal. A partir da resolução, os que não estiverem remunerando os corretores de imóveis adequadamente serão multados.
Na mesma esteira, a Comissão também está verificando qual a estrutura oferecida pelas incorporadoras nos estandes de vendas de lançamentos para que haja uma padronização. “O COFECI vai estabelecer características mínimas que estes estandes deverão seguir”, explica o Conselheiro Federal.