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Sexta-feira, 20 de julho de 2007

Palestra alertou corretores de imóveis sobre prejuízos dos vazios urbanos

Um problema que data da década de 60, os vazios urbanos trazem prejuízos econômicos e sociais a Campo Grande. O assunto foi abordado durante palestra do arquiteto Ângelo Arruda, proferida na noite de terça-feira, 17 de julho, no auditório do CRECI/MS. “Se há 50 anos a compra de lotes era investimento, hoje, 50 anos depois, eles se tornaram prejuízo”, alertou.

Hoje Campo Grande tem 36 hectares de área urbana o que, segundo Arruda seria capacidade suficiente para 4,5 milhões de habitantes, quando a atual população não chega a 800 mil. Ângelo ressaltou que já há mecanismos que impedem a propriedade meramente especulativo, previstos pelo Estatuto da Cidade, como o IPTU progressivo. Pelo Estatuto, a propriedade tem que de cumprir sua função social. É parecido com o que ocorre no campo, onde áreas improdutivas são passíveis de desapropriação.

Os vazios têm uma origem histórica. A partir do início das discussões sobre divisão do Estado, na década de 60, os loteamentos explodiram, contou Ângelo. É que as famílias viam nos lotes uma poupança segura. Como exemplos de áreas com número despropositado de lotes em função da demanda e do distanciamento, Ângelo citou o Jardim Los Angeles, na saída para São Paulo, a 6 quilômetros do centro e o Jardim Noroeste, na saída para Três Lagoas, além de vários outros. Neste último caso, citou como agravante a implantação do Complexo Penitenciário que afasta moradores.

Ângelo ressaltou que o poder público acaba tendo que pular áreas enormes para levar investimentos e infra-estruturas. “Estes vazios não contribuem com o desenvolvimento da cidade, com o arquiteto ou o corretor”, observa. Além disso, trazem problemas de segurança e saúde pública.

Fonte: CRECI/MS