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Sábado, 6 de agosto de 2016

Para palestrante do Conaci, fontes alternativas de recursos são vitais para o mercado imobiliário

Teotônio Costa Rezende é diretor-executivo de Habitação da Caixa Econômica Federal e membro do Conselho Diretor da Abecip – Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança. Tem 37 anos de Caixa, sendo 36 no setor de habitação e crédito imobiliário. Ele é uma das atrações do XXVI Congresso Nacional de Corretores de Imóveis (Conaci), que acontece de 4 a 6 de setembro, no Centro de Convenções de Bonito, no Mato Grosso do Sul, tendo como tema dos debates “O Brasil Passado a Limpo”.

De acordo com o diretor da Caixa, que, entre outras qualificações, é mestre em Gestão e Estratégia de Negócios e graduado em Economia, Administração de Empresas e Ciências Contábeis, para que o mercado imobiliário volte a deslanchar, “o primeiro passo é a retomada da confiança, tanto dos investidores quando dos consumidores”, sendo, para tanto, necessário que os ajustes econômicos sejam implementados e deem resultados positivos.

Ainda segundo ele, “também é de vital importância se encontrar fontes alternativas de recursos para financiar a produção e a comercialização de imóveis, sendo que para que soluções de mercado se tornem viáveis é preciso que a Selic se situe em patamares mais baixos e, neste contexto, a securitização e a LIG – Letra Imobiliária Garantida – podem ser importantes para que o mercado de crédito imobiliário brasileiro deixe de ser totalmente de crédito direcionado (FGTS e Caderneta de Poupança)”.

Além de Teotônio Rezende, o XXVI Conaci reunirá uma série de atrações de renome.  Confira a lista de palestrantes e conferencistas do evento: o ex-senador Pedro Simon, que tem 60 anos de vida pública; o desembargador Sylvio Capanema, especialista em Direito Imobiliário; o antropólogo e professor Luiz Marins; o historiador e professor Leandro Karnal; Leila Navarro, palestrante motivacional das mais requisitadas, atração do V Fórum da Mulher Corretora de Imóveis; a ex-jogadora de basquetebol Hortência, apontada como uma das melhores do mundo no esporte; Marcelo Dadian, especialista em Marketing e Inovação pela Universidade de Stanford (EUA); o professor Pachecão, sucesso nacional em palestras motivacionais; Eduardo Peres, consultor empresarial, mágico e humorista, com palestras realizadas em sete países; Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP,Sindicato da Habitação; João Diniz Marcello, especialista em avaliação imobiliária; Flavio Amary, recentemente empossado presidente do Secovi-SP, o maior sindicato imobiliário da América Latina;  Laerte Temple, especialista certificado em criatividade na solução de problemas pela Creative Education Foundation (EUA).

Leia a entrevista com Teotônio Costa Rezende, e faça agora mesmo sua inscrição online.

Como avalia o mercado imobiliário atualmente? 

O mercado imobiliário, na parte relativa à habitação de interesse social, mantém um bom nível de negócios, principalmente no segmento enquadrado no Programa Minha Casa, Minha Vida, Faixas 2 e 3.

Relativamente à habitação de mercado – média e alta renda – ocorreu uma forte queda na velocidade de vendas e as empresas tem reduzido o volume de lançamentos, concentrando seus esforços na comercialização dos estoques de imóveis prontos e em produção.

Para o corrente ano a Caixa tem como meta aplicar R$ 93,0 bilhões, valor ligeiramente superior ao que foi aplicado em 2015 e, nossa expectativa é que o setor habitacional retome sua tendência de crescimento a partir do final de 2017 ou início de 2018.

Importante destacar que, mesmo em um cenário de instabilidade econômica, os indicadores das carteiras de crédito imobiliário continuam bastante sólidos, com baixo índice de inadimplência, quotas de financiamento (LTV) em níveis seguros e o comportamento dos preços, embora se tenha interrompido a sequência de crescimento, não mostra sinais de quedas acentuadas nos valores dos imóveis.

A mudança de equipe econômica surtiu algum efeito, algo que possa trazer alento ao mercado imobiliário, em especial o programa Minha Casa, Minha Vida?

O Programa Minha Casa, Minha Vida – Faixas 2 e 3 – tem sua manutenção garantida e, à medida em que a confiança dos consumidores e investidores for sendo restabelecida, a tendência é que o setor habitacional retome ao seu ciclo virtuoso verificado ao longo dos últimos anos.

Em termos de mercado imobiliário, o que o Brasil precisa para deslanchar novamente?

O primeiro passo é a retomada da confiança, tanto dos investidores quando dos consumidores e, para tanto, é necessário que os ajustes econômicos sejam implementados e deem resultados positivos.

Também é de vital importância se encontrar fontes alternativas de recursos para financiar a produção e a comercialização de imóveis, sendo que para que soluções de mercado se tornem viáveis é preciso que a Selic se situe em patamares mais baixos e, neste contexto, a securitização e a LIG – Letra Imobiliária Garantida –podem ser importantes para que o mercado de crédito imobiliário brasileiro deixe de ser totalmente de crédito direcionado (FGTS e Caderneta de Poupança).

Como vê o papel do corretor de imóveis no cenário atual e o que sugere para que ele consiga manter e ampliar seus negócios em tempos tão complicados?

Os corretores de imóveis são um importante elo para aproximar três atores do mercado de crédito imobiliário – compradores, vendedores e instituições financeiras.

Como em qualquer outra profissão, estar permanentemente se qualificando e, também, em sintonia com as tendências do mercado, é uma postura importante para que os corretores possam conviver nestes tempos de instabilidades e de concorrência cada vez mais acirrada.

Quais as perspectivas para o setor a curto e médio prazos em termos de crédito imobiliário e financiamento habitacional?

Nossa expectativa é que no curto e médio prazo, o mercado de crédito imobiliário deve-se manter no mesmo nível de 2015, com crescimento no segmento de habitação social e retração no segmento de habitação de mercado.

Acreditamos que a retomada do crescimento somente se dará a partir do final de 2017 ou início de 2018.

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Fonte: Redação - Foto: Divulgação