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Fim das incandescentes deve mudar o jeito de comprar lâmpadas

Para muitos consumidores, a inscrição “13W = 60W” na face da embalagem das lâmpadas é a indicação da luminosidade da lâmpada. Com a saída das incandescentes do mercado, a sua potência tende a não ser mais critério de equivalência para sinalizar o quanto a fonte de luz ilumina.

Na realidade, essa referência de compra, onde 13W de fluorescente é igual a 60W de incandescente não é ideal. A potência não é sinônimo de luminosidade. “Há um senso comum de que a potência indica o quanto uma lâmpada ilumina, o que não é verdade, já que esses watts representam somente o consumo de energia”, afirma Leandro de Barros, consultor de produtos da Lâmpadas Golden.

A cultura de comprar lâmpadas por potência é anterior às lâmpadas fluorescentes. “É assim desde que as lâmpadas incandescentes começaram a ser comercializadas, ou seja, sempre foi assim”, diz Leandro.

Para determinar o quanto uma lâmpada ilumina, é utilizado o termo fluxo luminoso, que mensura a quantidade de luz emitida em todas as direções, em lúmens. As fabricantes e importadoras usam o fluxo luminoso para comparar com a lâmpada incandescente. Utilizando como exemplo a lâmpada de 13W, ela tem o fluxo luminoso igual ou aproximado ao de uma lâmpada incandescente de 60W.

A confusão de achar que o que se compara é a potência acontece frequentemente nas prateleiras. Os consumidores, ao confrontar uma lâmpada de 13W com uma de 15W, acaba optando pela de potência maior. ”Ele acha que está comprando uma lâmpada mais forte mas, na verdade, está consumindo mais energia para iluminar a mesma coisa”, conclui.

Em lâmpadas regulamentadas, o Inmetro exige que se destaque a equivalência e não o fluxo. Esta informação ainda encontra-se presente no verso das embalagens.