Mesmo com o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrando acúmulo de 35,75% em 12 meses para os contratos com vencimento em junho, o setor imobiliário tem optado por fazer acordo entre as partes para manter a clientela, do que trocar pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
É o que também tem aconselhado o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis - 14ª Região (Creci-MS), Eli Rodrigues. “O que nós temos feito e ainda continuamos fazendo, são os nossos contratos em IGP-M, só que sempre nós tivemos o bom senso em fazer negociação na hora dos reajustes. Então, se a gente mudar com a lei em vigor pode trazer problemas para nós no futuro. É um acordo feito entre as partes. É muito mais fácil do que você deixar o imóvel fechado ou perder o inquilino que você já tem”, explica.
Dessa forma tem atuado o gerente da Imobiliária Formato, Fernando Catalano. De acordo com ele, aplicar o valor do reajuste é impraticável.
“Índices de correção no patamar de 32% a 37% como nos últimos meses é impraticável, devendo sempre o intermediador, no caso a imobiliária, a buscar equilíbrio estre as duas pontas, apresentando um valor que convença o locatário e tambem agrade o locador”, ressalta.
Não muito diferente disso, o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis Mato Grosso do Sul (Sindimóveis-MS), João Araujo, explica que essa escolha deve ficar a critério de cada cliente.
“Essa questão do reajuste do aluguel fica a critério de cada cliente, cada cliente faz uma nova negociação. O IGP-M é o de praxe que ficou acordado, cada um ano se renova automaticamente, mas é questão do locatário de conversar com a imobiliária e explicar que a situação mudou”, destaca.
Além disso, o presidente do Sindimóveis ressalta também sobre a importância de ler atentamente as cláusulas do contrato de locação.